segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Nenhum leitor nasce leitor, afirma Teresa Calçada

Teresa Calçada, coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares e comissária adjunta do Plano Nacional de Leitura é entrevistada na revista Visão, de 20 de Outubro, para falar da revolução silenciosa [que] ocorre hoje nas escolas, graças às bibliotecas escolares e aos professores bibliotecários e que certamente também contribuiu para pela primeira vez, em 2010, [Portugal] atingir a média dos países da OCDE em literacia de leitura. 
O que é hoje uma Biblioteca Escolar? 
É, como sempre foi, um lugar de procura de saber. Mas hoje o que se procura, o que se encontra, o modo como se opera para encontrar, as tecnologias que usamos, não são apenas a tecnologia do livro – temos recursos em suporte papel e em suporte digital. E as bibliotecas escolares são também os professores bibliotecários. São eles os orientadores, quem transmite aos miúdos uma consciência dos méritos e das vantagens acrescidas, mas não escondendo os seus perigos – no sentido da ilusão de que tudo o que está na internet é verdadeiro. A era da web não pode viver só da destreza, tem de viver de competências que não são inatas. Nenhum leitor nasce leitor. E isso é válido tanto para a tecnologia do livro como para o ambiente digital. Os leitores fazem-se com trabalho, com produção, com prática continuada. Segundo o último estudo do PNL, o interesse dos jovens pela leitura aumentou e 52, 4 % consideram-na agora muito importante.

 As bibliotecas escolares tiveram um papel nessa mudança de atitude?
Quero crer que sim. O estudo demonstra que há um trabalho de retaguarda da Rede de Bibliotecas Escolares, que há mais miúdos a frequentá-las, uma melhor qualificação e que a oferta se vem adequando aos tempos. Costumo dizer que as bibliotecas escolares são a infraestrutura, e o PNL, uma espécie de supraestrutura, que trouxe uma narrativa construída para divulgar a leitura como um bem, valorizá-la socialmente, torná-la uma imagem de marca. Os miúdos habituam-se a que “LeR+” não é uma coisa “cota”, os pais associam “LeR+” a uma marca de qualidade, e isso trouxe, objectivamente, como verifica este estudo, uma valorização da leitura. 

 O que é ler com competência? 
 Primeiro, é ganhar o código de leitura. Tal como andar de bicicleta ou nadar, o que exige tempo e persistência. Depois, é necessário ter mecanismos para perceber o que os miúdos, mesmo lendo com destreza, não entendem porque ler é interpretar. Muitos meninos acabam o 4º ano sem essa competência bem cimentada. Estão condenados a serem maus leitores, logo maus alunos, em muitos casos reproduzindo a exclusão que transportavam à entrada da escola. Os estudos do PISA demonstram que em Potugal a escola é inclusiva, e a biblioteca ajuda também nesse trabalho. Tendo em conta que quando entra na escola um menino de uma família mais letrada está logo condenado a ler melhor porque tem o triplo do vocabulário de outra criança de famílias menos letradas, percebe-se a importância do trabalho da escola e da biblioteca.  

Em época de crise, o papel das bibliotecas é ainda mais importante? 
 Acho que sim. Falamos sempre das bibliotecas como locais de inclusão, quer pelos recursos que têm quer pelo facto de quem as governa desempenhar um trabalho que muitas vezes as famílias não fazem porque não sabem ou porque não podem. Quanto mais vivemos no mundo da informação (e hoje a atravessar momentos de menor abundância), mais as bibliotecas, como lugar de abundância, devem ser usadas em rede. Tenho consciência de que, no caso das bibliotecas escolares, o que verdadeiramente faz a diferença é ter lá pessoas que governam as bibliotecas. Se assim não for, são subaproveitadas.

 Fonte: Visão, 20 out.2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Hora do Conto

Os alunos do 2ºC, acompanhados pela professora Delfina, estiveram na nossa biblioteca e ouviram a história dos legumes, no âmbito da semana da alimentação que está a decorrer na nossa escola.

Hora do Conto

O 3ºB, acompanhados pela professora Antónia Roma, visitou a nossa biblioteca e ouviu a história dos três porquinhos, contada pela Sara Roque, uma aluna do 3ºciclo.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Oficina das Mãos

Decorreu no passado dia 6 de Outubro a primeira sessão da Oficina das Mãos dinamizada pela professora Leonor Parra. A sessão contou com a colaboração dos alunos da professora.
Veja aqui as restantes fotos.

Hora do Conto

Hoje foi dia do 1ºB ouvir duas histórias: " Os três porquinhos" e " O Pinóquio".

Oficina de Escrita Criativa

Gostas de escrever? Quinzenalmente às 14,30h de 4.ª feira, vem ter connosco à Biblioteca e descobre o prazer da escrita. 12 de outubro; 26 de outubro; 9 novembro; 23 novembro; 7 de dezembro. Número máximo de participantes: 10 Qualquer dúvida, contacta a professora Fátima Bonzinho ou a educadora Nazaré Bilro

sábado, 1 de outubro de 2011

A Oficina das Mãos vai funcionar quinzenalmente na Biblioteca Escolar da Malagueira das 16 h às 17h de 5ª feira. Pode participar toda a comunidade escolar interessada em aprender Língua Gestual Portuguesa. Programa do 1º período: 6 outubro - Quem somos, Formas de tratamento; 20 outubro - Alfabeto; 3 novembro - Números; 17 novembro - Vocabulário de Natal; 15 dezembro - Sentimentos. Número máximo de participantes: 10. Inscrições na Biblioteca Escolar.